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14 de abril de 2016 - Ano 08- Nš 373
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Erros que você pode cometer ao negociar salário na crise É importante olhar além do número que aparece no seu holerite |
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Mas, na visão de Patrícia Tourinho, gerente da consultoria Michael Page, não é bem assim. “Discutir remuneração com o seu empregador jamais pode ser um tabu, independentemente de quão duro esteja o contexto do país”, afirma. Afinal, argumenta ela, as empresas devem valorizar financeiramente os profissionais que fazem a diferença e podem alavancar o negócio - ainda mais diante da crise. No entanto, diz Ricardo Karpat, diretor da Gábor RH, é importante ter “muitos dedos” na hora de pedir um aumento salarial ou solicitar um valor maior do que o oferecido numa vaga de emprego. “Nenhuma empresa quer aumentar seus custos com funcionários agora”, diz ele. “Se a sua abordagem não for muito delicada e bem embasada, pode gerar mal-estar e fechar portas para você”. Veja a seguir cinco erros que muita gente comete em negociações salariais - e que são ainda mais graves no contexto da crise econômica que está abatendo o país: 1. Achar que dinheiro é mais importante do que tudo É mais estratégico olhar além do número que aparecerá no seu holerite. O pacote total de remuneração, que inclui benefícios e bônus variáveis, tem mais significado do que o salário puro. Sobretudo em um momento de crise, também vale considerar vantagens mais intangíveis, como as oportunidades de aprendizado trazidas pelo emprego, que podem se traduzir em sucesso profissional -e financeiro- a longo prazo. 2. Não ter “timing” Se você já está empregado e quer um reajuste salarial, a dica de Karpat é não dar um “susto” no chefe. O ideal é agendar uma conversa presencial, num momento minimamente tranquilo para a empresa, e introduzir o assunto aos poucos. Segundo o especialista, é importante cuidar das palavras para não soar alienado ou egoísta. “Mostre que está ciente do momento difícil que a economia brasileira está atravessando e garanta seu interesse em continuar na empresa”, afirma ele. 3. Não ter uma boa razão para pedir mais De acordo com Karpat, você pode sustentar o seu pedido com base nos resultados que apresentou até o momento, se estiver empregado, ou em passagens profissionais anteriores, caso esteja participando de um processo seletivo. Quanto mais números e fatos concretos puder apresentar para provar o seu merecimento de um salário mais alto, melhor. O seu discurso deve ser inteiramente racional. “Traga argumentos sensatos, não pressione o outro e evite transmitir ansiedade”, aconselha Patrícia. 4. Mentir ou blefar Segundo Karpat, honestidade é fundamental para fazer a conversa funcionar. Se você for pego numa mentira, pode perder a sua credibilidade e até o seu emprego, o que é ainda mais grave num momento em que o desemprego passa de 8% no Brasil. Patrícia também defende a transparência total em processos seletivos. Segundo ela, muitos profissionais não gostam de falar sobre a sua remuneração anterior -e acabam escondendo ou distorcendo valores. “É melhor dizer abertamente quanto você ganhava no emprego anterior, senão a conversa fica travada, sem qualquer ponto de referência”, explica. 5. Estar desinformado “Nenhuma fonte de informação trará precisão absoluta, mas pode dar uma ideia geral sobre a realidade salarial da sua área e evitará 'chutes' na hora de pedir um ajuste”, diz Patrícia. Além dos salários em si, é importante entender até que ponto a sua posição é vista como estratégica pelo mercado brasileiro neste momento, completa a gerente da Michael Page. Dependendo da resposta, você terá mais ou menos espaço para negociar. Fonte: Portal Exame. |
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