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10 de maio de 2018 - Ano 09 - Nš 477
Opinião
 

"Em 25 de outubro de 2011, na ata da reunião da Academia Paulista de Contabilidade foram admitidas as inscrições dos primeiros acadêmicos"
A integração com as Entidades Contábeis Congraçadas é de suma importância para a Academia


Presidente do CRCSP na gestão 2010-2011, o contador e bacharel em Ciências Econômicas, Domingos Orestes Chiomento, é o atual presidente da Academia Paulista de Contabilidade (APC).

Mais nova integrante das Entidades Congraçadas Contábeis do Estado de São Paulo, o presidente Domingos conta como teve a ideia de fazer renascer a APC em 2011, quando presidia o CRCSP. Mentor da recriação da Academia, DOC, como é carinhosamente conhecido, se perguntava: "São Paulo possui uma plêiade das maiores inteligências da Contabilidade, por que ainda não possuíamos nossa Academia?"

Ele conta como tudo aconteceu.

Na sua gestão como presidente do CRCSP o senhor  trabalhou pelo ressurgimento da Academia Paulista de Contabilidade (APC). Conte-nos como foi isso.
O CRCSP foi convidado para participar de solenidade na Academia Mineira de Ciências Contábeis, na posse da senhora Elza, esposa do falecido contador Professor Antônio Lopes Sá, em homenagem ao ilustre professor. Nessa oportunidade fomos acompanhados pelo acadêmico de São Paulo Professor José Joaquim Boarin. Na volta a São Paulo, comentamos com o Professor Boarin: "São Paulo possui uma plêiade das maiores inteligências da Contabilidade, por que ainda não possuíamos nossa Academia?" Salvo engano, na ocasião tinham Academia apenas os Estados de Minas Gerais, Rio de Janeiro e Paraná. Ainda conversando com o Professor Boarin, disse ele que São Paulo talvez  já possuísse no passado Academia.

Dias depois apareceu na minha mesa, lá no CRCSP, o livro escrito pelo Professor Francisco D'Áuria com o titulo 50 anos de Contabilidade (1903-1953). No livro do Professor D'Áuria consta que no V Congresso de Contabilidade, realizado em Belo Horizonte, no Estado de Minas Gerais, em 1950,  o Professor Joaquim Monteiro de Carvalho apresentou indicação no sentido de serem criadas as Academias Contábeis nos estados.

Acolhendo a ideia do Professor Monteiro de Carvalho, o Professor Francisco D'Áuria, acompanhado de outros colegas, promoveu a fundação da Academia Paulista de Contabilidade em 1952, onde constam os primeiros acadêmicos.

Com todas essas informações foi crescendo o entusiasmo para reinstalação da Academia em São Paulo;   surgiu nesse momento a necessidade de consultar as Congraçadas para saber se concordavam com a criação de mais uma entidade representativa da classe contábil, pois o objetivo era escolher no meio contábil aqueles que mais se notabilizassem na profissão. Não precisamos dizer que muitos eram a favor, mas também havia aqueles que não a viam com bons olhos.

Juntaram-se a nós o Professor  Joaquim Carlos Monteiro de Carvalho e o ilustre  contador Irineu De Mula estimulando a iniciativa. Foi convidado também o Professor Sérgio Roberto Monello que colaborou na feitura do Estatuto. Tento obtido consenso da nova Academia nas Congraçadas foi possível, em 11 de novembro de 2011, reinstalar a Academia Paulista de Contabilidade. A seguir passou-se fazer a escolha dos acadêmicos que iriam compor o seu quadro. 

Portanto,  em  25 de outubro de 2011,  na ata da reunião da Academia Paulista de Contabilidade foram admitidas as inscrições dos primeiros acadêmicos tendo como administrador provisório o contador Irineu De Mula e na Ata da Assembleia Geral Extraordinária, em 11 de novembro de 2011, foi aprovada a Alteração do Estatuto Social  com a eleição da Diretoria Executiva, Conselho Consultivo e Câmara de Contas. Com este instrumento, entendemos que foi reinstalada a APC.

Da reinstalação da Academia até a presente data já foram para o plano de Deus cinco acadêmicos: Luis Bertasi Filho, José Rojo Alonso, Masayuki Nakagawa, José Joaquim Boarin e Tikara Tanaami.

Quantos membros tem a APC?
 A Academia possui 50 membros.

Como é feita a escolha do acadêmico?
A escolha é feita por indicação de dois acadêmicos, em seguida passa pelo crivo de uma comissão,  depois é submetida à Assembleia Geral para aprovação 

Qual é o seu plano de gestão para a APC? 
O nosso plano de gestão e metas está fincado em cinco perspectivas básicas: buscar maior inteiração entre as atividades contábeis acadêmicas e a área pública; investir na compilação de dados e recuperação do patrimônio intelectual da classe; estimular o relacionamento com as instituições de ensino públicas e privadas; apoiar as instituições de ensino públicas e privadas com base nos resultados dos Exames de Suficiência; fortalecer ainda mais as relações com as Entidades Congraçadas do Estado de São Paulo.

A APC agora faz parte das Entidades Contábeis Congraçadas. Como o senhor vê essa integração?
A integração com as Entidades Contábeis Congraçadas é de suma importância  para a Academia, pois assim seus membros podem, por meio delas, disseminar os conhecimentos acumulados de muitos anos em beneficio da sociedade contábil.

O senhor está em alguma diretoria de entidades?
Honra-me dizer que sou membro do Conselho Consultivo do Sindicato dos Contabilistas de São Paulo (Sindcont-SP), membro suplente do Conselho Fiscal do Sescon-SP, membro do Conselho Superior de Economia (Cosec) da Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp) e tesoureiro geral do Círculo de Trabalhadores Cristãos da Vila Prudente, esta uma entidade que já possui 76 anos de existência e está voltada à educação desde o pré-primário até o ensino médio,  com  1.500 alunos e que também assiste famílias de baixa renda, na área da saúde, prestando serviço ambulatorial, com  cerca de 2.600 associados.

O senhor ainda está á frente da sua empresa de contabilidade?
É muito difícil se distanciar de algo que você criou. Digo que não estou à frente da nossa empresa, mas  trabalho para ela 24 horas por dia.

Como o senhor encara as mudanças que vem ocorrendo na Contabilidade?
Desde o tempo da gelatina até o presente houve muitas mudanças, essas foram transcendentais, meu Deus!

Estamos vivendo a inteligência artificial, a internet, nanotecnologia e tantas outras coisas, hoje quase tudo se faz pelo app. Quanta novidade, mas acredito ainda naquela máxima, "o contador é o último que vai apertar o interruptor para desligar a energia".

Que mensagem o senhor deixa para os novos profissionais da contabilidade?
Nossa mensagem tem sido sempre a mesma: meus queridos continuadores da construção contábil, fiquem sempre ligados às entidades contábeis, participem de seus eventos, colaborem nas suas diretorias, pois é de lá que vocês vão extrair a seiva que vai dar vida à sua profissão.