Contadores Homenageados de 1984 a 2023

Diploma de Mérito

Contador Ernesto Rubens Gelbcke

Ernesto Rubens Gelbcke

Referência nas Ciências Contábeis e, especialmente, na área de Auditoria, Ernesto Rubens Gelbcke construiu ao longo dos anos uma carreira que inspira aqueles que o conheceram a seguir seu exemplo de ética e compromisso com o desenvolvimento da profissão contábil.

Nascido em 1º de dezembro de 1943, na cidade de São Paulo, Gelbcke formou-se em Ciências Contábeis pela Faculdade de Economia, Administração e Contabilidade da Universidade de São Paulo (FEA-USP) em 1969 e concluiu o mestrado em Contabilidade e Controladoria em 1974, também pela FEA-USP. Alguns anos depois, Gelbcke foi professor na FEA-USP e na Fundação Instituto de Pesquisas Contábeis, Atuariais e Financeiras (Fipecafi)

Profissionalmente, Gelbcke iniciou sua carreira como trainee na firma de auditoria Arthur Andersen, onde permaneceu até 1976, quando fundou sua própria firma, a Directa Auditores.

Paralelamente às atividades de auditor, consultor e professor, Gelbcke foi autor e coautor de livros relacionados às Ciências Contábeis, entre eles o Manual de Contabilidade das Sociedades por Ações e Manual de Contabilidade Societária Aplicável a Todas as Sociedades de Acordo com as Normas Internacionais e do CPC.

Nas entidades contábeis, atuou no Instituto de Auditoria Independente do Brasil (Ibracon), no Comitê de Pronunciamentos Contábeis (CPC), na Associação Nacional dos Executivos de Finanças (Anefac), no Instituto Brasileiro de Governança Corporativa (IBGC) e no Instituto dos Auditores Internos do Brasil (IIA). Foi membro da Academia Paulista de Contabilidade (APC), onde ocupou a cadeira número 25, que tem como patrono Aúthos Pagano.

Participou também de comitês e grupos de trabalho no Conselho Federal de Contabilidade (CFC), Ibracon, Comissão de Valores Mobiliários (CVM), International Accounting Standards Board (Iasb) e International Federation of Accountants (Ifac), nos quais deu grandes contribuições para o desenvolvimento das normas contábeis e de auditoria no Brasil.

Falecido em 2 de dezembro de 2022, Ernesto Rubens Gelbcke foi escolhido patrono do Diploma de Mérito 2023 para que seu exemplo de conduta ética e de compromisso com o desenvolvimento das Ciências Contábeis possa inspirar os homenageados a buscarem a excelência e o aprimoramento contínuo em suas carreiras.

Contador Acácio de Paula Leite Sampaio

Acácio de Paula Leite Sampaio

Uma das grandes referências da contabilidade paulista, Acácio de Paula Leite Sampaio, foi um exemplo de dedicação ao exercício da atividade contábil e de abnegada doação para o progresso da Contabilidade.

Nascido em 29 de abril de 1904, em Capivari, no interior de São Paulo, filho de Francisco de Paula Leite Sampaio e Maria da Conceição Sampaio, Acácio formou-se em contabilidade, profissão à qual se dedicou por toda sua vida.

Mas foi em Santos que o hoje referenciado contador construiu as bases de sua vida profissional, tendo atuado como auditor da Fazenda da Prefeitura santista, delegado do CRCSP de 13 de setembro de 1949 a 20 de fevereiro de 1951, poucos anos após a regulamentação da profissão contábil e da fundação do CRCSP, ocorrida em 14 de dezembro de 1946.

Acácio Sampaio também foi professor e, no CRCSP, além de delegado de Santos, foi conselheiro, de 1954 a 1959, tendo exercido as funções de membro e de presidente da Comissão de Contas, de vice-presidente do Conselho, de 1955 a 1956, e de presidente da entidade, em 1957.

Por sua destacada atuação para a profissão contábil, foi escolhido patrono da cadeira número 27 da Academia Paulista de Contabilidade (APC), hoje ocupada pelo conselheiro do CRCSP e acadêmico Alexandre Sanches Garcia.

A importância de Acácio de Paula Leite Sampaio não se restringe apenas à Contabilidade. Por suas inestimáveis contribuições para a sociedade, foi homenageado postumamente sendo escolhido para nomear a Escola Municipal de Ensino Profissionalizante Acácio de Paula Leite Sampaio, em Santos. A Rua Acácio de Paula Leite Sampaio, no Jardim Tietê, Zona Leste de São Paulo, também foi nomeada em homenagem a este renomado profissional contábil.

Falecido em 11 de novembro de 1965, Acácio de Paula Leite Sampaio é até hoje uma referência por sua atuação em prol da profissão contábil e da sociedade e, por este exemplo de dedicação e conduta ética e abnegada, foi escolhido para ser o patrono do Diploma de Mérito 2022.

Contadora Elizabeth Castro Maurenza de Oliveira

Elizabeth Castro Maurenza de Oliveira

Uma referência na área contábil e acadêmica, Elizabeth Castro Maurenza de Oliveira é um dos nomes eternizados na história da Contabilidade paulista. Sua dedicada atuação nas entidades contábeis e no ensino das Ciências Contábeis influenciou e motivou diversas pessoas a seguirem a carreira contábil.

Nascida em 28 de julho de 1954, na cidade de São Paulo, formou-se em Ciências Econômicas e em Ciências Contábeis pela Faculdade de Ciências Econômicas e Administrativas de Santo André, atual Centro Universitário Fundação Santo André. Com um infindável interesse pelo saber, Elizabeth especializou-se em Administração da Educação pela Universidade Metodista de Piracicaba (Unimep), fez mestrado em Administração com ênfase em Contabilidade para Tomada de Decisões e doutorado em Comunicação Social, com foco em Comunicação Organizacional.

Iniciou sua carreira profissional como controller, na Universidade Metodista de São Paulo, sendo promovida posteriormente a gerente de Contabilidade e Orçamentos. Mas com seu currículo admirável e talento para transmitir conhecimento, Elizabeth encontrou-se na docência, onde atuou de 1995 a 2021, tendo sido convidada, em 2001 para ser coordenadora do curso de Ciências Contábeis da Universidade Metodista de São Paulo, em São Bernardo do Campo.

Elizabeth também ministrou palestras em fóruns e congressos em todo o Brasil e ao redor do mundo. Também é uma dos autores do livro Capital Intelectual – Reconhecimento e Mensuração, escreveu inúmeros artigos científicos que contribuíram para o avanço das Ciências Contábeis e foi membro do corpo editorial do periódico Voz Missionária, publicação da Universidade Metodista.

Com uma relevante atuação nas entidades contábeis do Estado de São Paulo, Elizabeth foi conselheira do CRCSP de 2008 a 2021, onde integrou diversas Câmaras e Comissões e participado ativamente para o desenvolvimento da profissão contábil. Também foi integrante da Academia Paulista de Contabilidade (APC), onde ocupou a cadeira de número sete, cujo patrono é Carmello Mancuso Sobrinho.

Elizabeth faleceu em 5 de fevereiro de 2021, aos 66 anos, e por suas inestimáveis contribuições para o progresso da profissão e das Ciências Contábeis foi escolhida para ser a patrona do Diploma de Mérito 2021.

Contador Sérgio Approbato Machado

Sérgio Approbato Machado

Presidente do CRCSP na gestão 1989-1990, Sérgio Approbato Machado nasceu em Ribeirão Preto-SP, em 6 de julho de 1929. Foi contador, advogado e teve uma atuação marcante em prol da classe contábil. No CRCSP, atuou como conselheiro de 1966 a 1968 e de 1982 a 1990. Neste período, foi presidente da gestão 1989-1990 e ocupou as Vice-Presidências de Registro, de 1984 a 1987, e de Administração e Finanças, de 1988 a 1989.

Membro fundador do Instituto dos Auditores Independentes do Brasil (Ibracon), presidiu a 5ª Seção Regional da entidade de 1978 a 1980. Foi também diretor do Sindicato das Empresas de Serviços Contábeis e das Empresas de Assessoramento, Perícias, Informações e Pesquisas no Estado de São Paulo (Sescon-SP), membro do Conselho Consultivo do Sindicato dos Contabilistas de São Paulo (Sindcont-SP) e conselheiro do Conselho Federal de Contabilidade (CFC), onde atuou na Comissão de Reforma Tributária e contribuiu para a criação dos Princípios Fundamentais de Contabilidade e das primeiras Normas Brasileiras de Contabilidade (NBC).

Profissional exemplar e atuante, Sérgio Approbato Machado foi uma pessoa querida por todos e deixou amigos por onde passou. Também foi uma pessoa dedicada à família. Casado e pai de quatro filhos, foi um exemplo não apenas na área profissional, mas também para amigos e familiares.

“Meu pai foi uma pessoa brilhante, eu tenho muito orgulho de ter trabalhado com ele. Um profissional dedicado, autodidata e, acima de tudo, uma pessoa gentil, que pensava sempre nos outros. Ele adorava estudar e leu os mais de 7 mil volumes que tínhamos em nossa biblioteca. O período que tive a oportunidade de trabalhar com ele, de 1987 a 2013, foi de um aprendizado maravilhoso”, revela Sérgio Approbato Machado Júnior, que seguiu os passos do pai e hoje preside a Federação Nacional das Empresas de Serviços Contábeis e das Empresas de Assessoramento, Perícias, Informações e Pesquisas (Fenacon).

“Nos momentos de dificuldades eu lembro sempre dos ensinamentos dele, que me dão uma luz. Seu jeito colaborativo e altruísta, de ser um ombro amigo para todos os que precisavam, era sua característica mais marcante. Meu pai dizia que o mundo é redondo e que a gente precisa andar de forma reta, porque ele dá voltas. E o melhor dele era isso, sua seriedade e jeito tranquilo, que fazia amizade por onde ia”, declarou Sérgio Júnior.

Por suas inestimáveis contribuições para a Ciência Contábil, Sérgio Approbato Machado foi condecorado pelo CRCSP com a medalha Ernani Calbucci e recebeu o título de presidente benemérito da entidade em 23 de agosto de 2004. Também foi agraciado pelo CFC com a medalha João Lyra, a maior comenda da Contabilidade brasileira, e homenageado por diversas entidades por sua dedicação em favor do desenvolvimento contábil no país.

Sérgio Approbato Machado faleceu em 19 de maio de 2013, aos 83 anos, em São Paulo.

Contador Sebastião Luiz Gonçalves dos Santos

Sebastião Luiz Gonçalves dos Santos

Respeitado e querido por amigos, clientes e colaboradores, Sebastião Luiz Gonçalves dos Santos foi um marido, pai e profissional dedicado, exemplo de ética, comprometimento e voluntariedade para todos à sua volta.

Nascido em Jaú, no dia 21 de janeiro de 1957, foi o caçula dos 12 filhos de Benjamin Gonçalves dos Santos e Maria Aparecida de Arruda. Seu primeiro emprego foi como office-boy em uma empresa no ramo de materiais de desenho e engenharia, em 1971, e posteriormente em um escritório de contabilidade, onde trabalhou para pagar os estudos.

Formou-se técnico em contabilidade no Colégio Comercial 30 de Outubro, em 1977, e no ano seguinte assumiu o departamento de Contabilidade.

Em 1984 formou-se em Ciências Contábeis pela Faculdade da Zona Leste de São Paulo (FZL) e, posteriormente, fez pós-graduação em Controladoria e Gestão de Negócios na Pontifícia Universidade Católica de São Paulo (PUC-SP) e Gestão Tributária pela Fundação Instituto de Pesquisas Contábeis, Atuariais e Financeiras (Fipecafi).

É registrado no CRCSP desde 1981, tendo sido conselheiro da Entidade desde 2008.

Foi também presidente do Sindicato dos Contabilistas de São Paulo (Sindcont-SP) na gestão 2005-2007.

Empresário contábil com mais de 30 anos de atuação profissional, Sebastião era uma  referência na área contábil e tributária, tendo ministrado palestras e escrito artigos sobre o tema para diversas publicações. Foi condecorado pelo CRCSP com a Medalha Joaquim Monteiro de Carvalho por sua proeminente atuação pela valorização da profissão e recebeu do Sindcont-SP a medalha Professor Luiz Fernando Mussolini e o título de “Contabilista Emérito de 2014”, pelos serviços prestados ao Sindicato e à classe contábil.

Sua dedicação à Contabilidade era reconhecida no meio contábil, empresário e político.

Sebastião recebeu homenagens de entidades como a Câmara Municipal de São Paulo, Câmara Municipal de Franca, Federação dos Contabilistas do Estado de São Paulo (Fecontesp), Sindicato dos Contabilistas de Ribeirão Preto (Sicorp), Associação dos Contabilistas de São Carlos (ACOSC) e Associação dos Advogados de Pinheiros.

Considerado uma pessoa amigável e de temperamento simples por aqueles com quem convivia, Sebastião levava muito a sério os compromissos que assumia, sendo extremamente pontual em eventos e reuniões.

Casado com Rosa Maria Pinto Gonçalves dos Santos, pai de Igor, Luiz e Roberta e avô de três netos, Sebastião considerava a família o seu bem mais precioso. Apesar de dividir seu tempo entre o escritório e as entidades de classe, Sebastião sempre reservou um tempo para a família e para a leitura.

Pelo exemplo de conduta ética, de responsabilidade e por sua história de trabalho e dedicação, o contador Sebastião Luiz Gonçalves dos Santos foi escolhido para ser o patrono do Diploma de Mérito 2017.

Contador Antônio Luiz Sarno

Antonio Luiz Sarno

Um homem dedicado à família e ao trabalho, Antônio Luiz Sarno foi uma pessoa marcante para a profissão contábil e para todos os que tiveram o privilégio de conviver com ele.

Filho de Gennaro Sarno e Rachele Antonietta Sarno, ele nasceu em São Paulo, no dia 5 de janeiro de 1939. Para ajudar sua família, começou a trabalhar aos 11 anos em uma relojoaria. Aos 18 anos, assumiu o posto de chefe de família, após o falecimento de seu pai.

Pouco depois, foi admitido na empresa Moinho Santista, onde fez carreira. Com seu trabalho minucioso, sempre atento aos detalhes, conquistou a confiança de seus chefes e do presidente da empresa, além de ser muito querido por seus colegas.

Sarno fez o curso Técnico em Contabilidade, depois estudou Ciências Econômicas e Ciências Contábeis. Ele valorizava muito o conhecimento e uma de suas características marcantes era o uso corretíssimo da Língua Portuguesa.

Considerado uma das grandes lideranças da classe contábil no Brasil, foi presidente do CRCSP na gestão 1984-1985 e também do Sindicato dos Contabilistas de São Paulo (Sindcont-SP), gestão 1987-1989, e do Instituto dos Auditores Independentes do Brasil (Ibracon) – 5ª Seção Regional, gestão 2004-2006.

Sempre bastante ponderado, tinha bons relacionamentos com seus pares e era bastante respeitado também no Conselho Federal de Contabilidade (CFC), entidade com a qual muito contribuiu com seus conhecimentos técnicos.

Além de prêmios por sua atuação na profissão e nas entidades, a dedicação ao desenvolvimento da Ciência Contábil fez com que fosse escolhido patrono de uma das cadeiras da Academia Paulista de Contabilidade (APC), a de n.º 32.

Durante o curso Técnico em Contabilidade, conheceu Elza, sua colega de sala e companheira por toda a vida. O amor, carinho e respeito de um pelo outro eram marcantes. Foram quatro anos de namoro e 49 anos de casamento, compartilhando todos os momentos.

“Fomos homem de uma mulher só e mulher de um homem só”, declarou Elza. Além das flores enviadas em datas especiais, Sarno fazia questão de estar sempre presente. “Ele almoçava em casa e saía de casa sozinho apenas para trabalhar.”

Sua esposa conta que a vida não foi fácil no início. Porém, Sarno nunca deixou nada faltar em casa e fez questão de transmitir bons princípios e valores a seus filhos.

Grande apreciador de óperas, Sarno possuía uma coleção riquíssima de CDs, DVDs e livros sobre música clássica e ficava até tarde ouvindo música antes de ir dormir. Com frequência, viajava para a cidade de Nova Iorque sempre acompanhado da esposa, claro, e de amigos para apreciar as temporadas de óperas.

“Foi uma vida bonita e bem vivida”, declarou Elza. Eles tiveram três filhos: Flávio, Solimar Aparecida e Luzia Valéria; e três netos: Leonardo, Flávia e Isabela.

A escolha do contador Antonio Luiz Sarno como patrono do Diploma de Mérito tem um significado especial. Além do bom exemplo profissional, como todos os patronos, cabe destacar que o Diploma de Mérito foi instituído durante a gestão de Antonio Luiz Sarno em homenagem ao centenário do nascimento do professor Francisco D’Áuria.

Contador Arthur Magalhães Andrade

Arthur Magalhães Andrade

Com uma vida dedicada à valorização e à modernização da profissão contábil, o contador Arthur Magalhães Andrade foi um líder, com visão clara das situações e um excelente senso de oportunidade.

Filho de Gentil Faria Andrade e Irene Magalhães Andrade, Arthur nasceu em 7 de agosto de 1922, em Taubaté, no interior de São Paulo. Em 25 de julho de 1950, casou-se com Marília Almeida Andrade, com quem teve nove filhos.

Buscava estar sempre próximo da família e, quando possível, fazia questão de levar um dos filhos em suas viagens de trabalho. Santista de coração, também ia ao estádio acompanhado de seus filhos. Sua animação era contagiante. Gritava, reclamava, vibrava e tornava a arquibancada ao seu redor um ambiente bastante alegre.

O esporte sempre esteve presente em sua vida. Na juventude, praticava natação. Depois de adulto, começou a jogar vôlei nos finais de semana, chegando até a participar de torneios de veteranos em outras cidades.

Além do esporte, era um apaixonado por música e conseguia tirar algumas músicas apenas de ouvido. Tocava muito bem gaita e se aventurava com a harmônica e o piano.

Formou-se em Ciências Contábeis na Fundação Escola de Comércio Álvares Penteado (Fecap), recebendo seu diploma em 14 de janeiro de 1942. Em 1972, concluiu também o curso de Direito pela Faculdade do Triângulo Mineiro da Universidade Integrada de Uberaba.

Arthur teve atuação marcante nas entidades contábeis. Foi e continua sendo o mais jovem presidente do CRCSP, pois assumiu o cargo quando tinha 36 anos. Ele presidiu a entidade na gestão 1959-1960. Além de participar do grupo fundador do Sindicato das Empresas de Serviços Contábeis e das Empresas de Assessoramento, Perícias, Informações e Pesquisas no Estado de São Paulo (Sescon- SP), ele foi presidente dessa entidade e também assumiu o mesmo cargo no Sindicato dos Contabilistas de São Paulo (Sindcont-SP).

Independente e inovador, promoveu uma grande mudança na estrutura do CRCSP durante sua gestão ao criar as Câmaras de Registro e de Fiscalização e três vice-presidências. Essa distribuição de trabalho deu tão certo que outros conselhos do país também a adotaram. Em 16 de fevereiro de 2004, recebeu o título de Presidente Benemérito do CRCSP pelo trabalho realizado na entidade. Continuou atuando no Conselho, onde fazia parte da Comissão CRCSP Melhor Idade.

Fundou seu próprio escritório de contabilidade e, com seriedade e profissionalismo, conquistou muitos clientes. Após a regulamentação da auditoria independente no país, foi estudar e passou a atuar nesse segmento contábil constituindo também uma relevante carteira de clientes.

Arthur Magalhães Andrade foi um homem de hábitos simples, mas que se orgulhava de suas realizações. No trabalho, era sério e compenetrado, porém, com a família e os amigos era brincalhão. Agia sempre com integridade e procurava transmitir os melhores valores aos seus filhos. A inteligência e a responsabilidade estavam presentes em todas as situações. Um homem à frente do seu tempo, quando faleceu em 24 de março de 2015, deixou sua marca por onde passou.

Contador José Joaquim Boarin

José Joaquim Boarin

Uma vida dedicada à transmissão do conhecimento. Assim pode ser definido o patrono desta turma do Diploma de Mérito.

José Joaquim Boarin nasceu em Guararapes, no estado de São Paulo, no dia 11 de março de 1938. Ele era o quarto filho de Ferrucio Boarin e Maria Luiz Boarin e teve quatro irmãos.

Criado em Marília, Boarin começou a trabalhar cedo, primeiro com seus pais e depois como jornaleiro e engraxate. Aos 12 anos, foi trabalhar em uma farmácia, onde teve a oportunidade de ajudar muitas pessoas.

Formou-se contador pela Faculdade de Ciências Contábeis de São Paulo, em 1969. Começou a trabalhar na Petrobras como datilógrafo, mas, devido ao seu talento, fez carreira na empresa, assumindo cargos importantes. Trabalhou na Petrobras até o momento de sua aposentadoria.

Por muitos anos, atuou também na Fundação Escola de Comércio Álvares Penteado (Fecap). Foi professor, diretor e superintendente nesta conceituada instituição de ensino, participando inclusive de um processo de reestruturação da Fundação. “Boarin era um grande líder na área do ensino da Contabilidade”, definiu o amigo e presidente do CRCSP, Claudio Filippi.

Além de representar o CRCSP em diversos eventos, Boarin realizou muitas palestras pela entidade. “Ele sempre estava aberto para ministrar palestras e ajudar a quem o procurasse. Era uma pessoa especial”, afirmou Filippi.

O contato com alunos não ficava restrito à Fecap. No Conselho, Boarin participou diversas vezes do programa “Um Dia de Experiência no CRCSP”, recebendo alunos de cursos técnicos em Contabilidade e de Ciências Contábeis, que visitam a entidade e aprendem um pouco mais sobre o funcionamento da casa e sobre o mercado de trabalho que os aguarda.

Com passagem marcante pelas entidades da classe contábil, Boarin foi conselheiro do CRCSP, diretor da Fundação Brasileira de Contabilidade (FBC), coordenador nacional e estadual do Exame de Suficiência e ocupava a cadeira nº 47 da Academia Paulista de Contabilidade (APC). No Conselho Federal de Contabilidade (CFC), atuou em diversas comissões, sempre contribuindo para o crescimento da profissão.

Seu grande hobby era a pescaria. Além da companhia de Filippi em algumas ocasiões, Boarin dividia esses momentos com o presidente do CRCSP na gestão 2008-2009, Sergio Prado de Mello, outro amante dessa atividade. “Fomos pescar juntos diversas vezes. Ele adorava!”, contou Sergio Prado.

Muito ligado à família e aos amigos, Boarin gostava de reunir as pessoas mais próximas em seu sítio para aproveitar os bons momentos da vida. Mostrava a todos e com muito orgulho as plantações cultivadas com muito zelo.

Boarin faleceu no dia 2 de novembro de 2013, deixando a esposa Umbelina, os filhos Sandra, Silvia e Sergio e os netos Lucas, Felipe, Renato, Fernanda e Roberta. Ficou também um legado de dedicação ao ensino da Contabilidade.

Contador José Rojo Alonso

José Rojo Alonso

Nascido em uma família humilde, José Rojo Alonso sempre trabalhou muito para alcançar seus objetivos. “Ele fez tudo o que quis fazer na vida e fez tudo muito bem”, contou sua filha Angela Zechinelli Alonso.

Filho dos imigrantes espanhóis Francisca Alonso Lozano e João Rojo Sola, ele nasceu em 7 de novembro de 1931 e era o caçula de três irmãos. Foi num baile de Carnaval em Petrópolis que conheceu uma loirinha de olhos azuis, Joanna Zechinelli Alonso, que se tornou sua esposa. Devido à distância, namoraram durante cinco anos mais por carta do que pessoalmente. E casaram-se em 1958.

José Rojo Alonso teve contato com a Contabilidade trabalhando como office-boy. Ele concluiu o curso de Ciências Contábeis em 1965, na Universidade de Taubaté. Formou-se também em Administração de Empresas e concluiu cursos de pós-graduação em Finanças das Empresas e em Direito Processual Civil. Era também especialista em Perícia Contábil Judicial e considerado um dos maiores Peritos Contábeis no Brasil.

Era adesguiano, com muito orgulho, tendo concluído o curso na Adesg (Associação dos Diplomados da Escola Superior de Guerra).

Inovador e visionário foi um grande incentivador da atuação de Profissionais da Contabilidade nas áreas de Mediação e Arbitragem. Foi membro do Imab (Instituto de Mediação e Arbitragem do Brasil), do Inama (Instituto Nacional de Mediação e Arbitragem) e do CBAr (Comitê Brasileiro de Arbitragem).

Com atuação marcante nas entidades, presidiu o CRCSP, na gestão 1972-1973, o Ibracon – Instituto dos Auditores Independentes do Brasil (5ª Seção Regional - gestão 1976-1977 e Nacional – gestão 1982-1984), e a Apejesp (Associação dos Peritos Judiciais do Estado de São Paulo), gestão 1967-1968 e 1969-1970. Foi vice-presidente e presidente do Conselho Fiscal, do Sindcont-SP (Sindicato dos Contabilistas de São Paulo), gestão 1981-1987, sendo membro do Conselho Consultivo até pouco antes do seu falecimento. Foi diretor da Federação do Comércio do Estado de São Paulo, de 1980 a 1990, e ocupava o cargo de diretor do Centro do Comércio do Estado de São Paulo.

Presidiu a Comissão Interamericana de Ética e de Exercício Profissional, na gestão de 1981-1982.

Escreveu o livro “Normas e Procedimentos de Perícia Contábil”, editado pela Editora Atlas, em 1974, e foi coautor da obra “Arbitragem – Uma Atividade para Contadores”, editado pela Editora Juruá, em 2013.

Ao longo de sua vida profissional, recebeu inúmeras homenagens. Por seus feitos, foi convidado a assumir a cadeira número 36, da Academia Paulista de Contabilidade, cujo patrono é o Contador Iris Miguel Rotundo.

Apesar de todas as atividades profissionais, não deixava a família de lado, tampouco suas outras paixões: a música, em especial o tango, e São Paulo antiga. Entre livros, postais e outras referências à terra da garoa, montou uma verdadeira coleção em sua casa. 

Era um grande estudioso e colecionador de tudo que se referia ao tango. Em suas pesquisas, descobriu que o mais importante parceiro do cantor Carlos Gardel, Alfredo Le Pera, era brasileiro, nascido em São Paulo, em 1900. A descoberta rendeu reconhecimento internacional nos grupos de estudos desse gênero musical.

Junto com amigos, fundou a Roda de Choro, Samba e Seresta de Petrópolis. Por 12 anos seguidos, cerca de 20 pessoas reuniam-se sempre no sábado de Carnaval para tocar e cantar canções desses gêneros. A seleta roda incluía músicos profissionais e amantes da boa música. 

Como diz a letra de uma das canções favoritas de sua Roda de Choro, Samba e Seresta, “Argumento”, de Paulinho da Viola, José Rojo Alonso fazia como o marinheiro e, durante o nevoeiro, levava a vida devagar. Ou melhor, com tranquilidade. Durante situações difíceis no trabalho, sua calma descontraía e tranquilizava os que trabalhavam com ele.

Teve como companheira de trabalho sua filha Angela e, com ela, firmou um acordo operacional para separar a vida pessoal do dia a dia no escritório. “Porém, às vezes, precisávamos abrir uma exceção”, disse Angela, que depois da faculdade de Jornalismo, decidiu cursar Ciências Contábeis.

Costumava dizer que teve duas filhas, pois a sobrinha Cristina Zechinelli França morava com a família Alonso e foi criada com o mesmo carinho. Assim como aconteceu com a filha Angela, Cristina se apaixonou pela Contabilidade e cursou Ciências Contábeis.

Na profissão, era tão querido que, mesmo quando quebrou o braço e passou por duas cirurgias, continuou presidindo o CRCSP. “As reuniões eram em casa e todo mundo ia para lá. É por isso que conheço todo mundo e me sinto tão em casa nas entidades da área contábil”, afirmou Angela, hoje conselheira do CRCSP.

Pessoa fina e de “palavreado rebuscado”, José Rojo Alonso era definido como justo e de bom coração. Sempre primando pela ética e honestidade, norteava aqueles ao seu redor.

José Rojo Alonso faleceu no dia 15 de abril de 2013, aos 81 anos. Além da saudade, ele deixa o amor à Contabilidade como legado e uma lição de vida para aqueles que tiveram o privilégio de conviver com ele.

Contador Mário Martins de Almeida

Mário Martins de Almeida

Alegre e comunicativo. É desta maneira que os amigos definem a personalidade de Mário Martins de Almeida. Com humildade e simpatia, ele sabia cultivar amizades e mantinha um bom relacionamento com os colegas de profissão.

Mário Martins nasceu em 8 de novembro de 1931, em Belém, no Pará. Era filho de Alberto Seixas de Almeida e Maria da Conceição M. de Almeida. Casou-se com Nilce Badin de Almeida, depois de sete anos de namoro. Foram 52 anos de amor e companheirismo, que deram frutos: os filhos Mário, Rosa Maria e Cristina.

Apaixonado por viagens, ele buscava informações sobre os locais que visitava e também sobre outros para onde queria ir. "Viajamos bastante, mas, ainda assim, não tanto quanto ele gostaria", contou sua esposa. Conhecia tão bem a Europa, que dava sugestões de atrações e até mesmo de restaurantes para colegas com viagem marcada para o Velho Continente.

Tinha uma excelente memória para mapas e fisionomias. Certa vez, já adulto, observou um moço em uma cerimônia de batizado. Curioso, foi perguntar e descobriu que se tratava de um colega do curso primário.

Seu apreço pelos estudos era tão grande quanto sua dedicação pelo ensino, pois ele gostava de dividir seu conhecimento. Professor de Ciências Contábeis, às vezes, recebia alunos aos sábados em seu escritório para esclarecer dúvidas.

Ele transmitiu à família esse gosto. Incentivou sua mulher a voltar a estudar e, orgulhoso, pode vê-la graduar-se como bacharel em Direito e abraçar a carreira de advogada. A filha caçula, Cristina, seguiu os passos do pai e formou-se Contadora. Os dois trabalhavam juntos no escritório da família.

Mário Martins atuou em algumas entidades da área contábil. No CRCSP, foi conselheiro de 1992 a 2000, ocupando o cargo de vice-presidente de Registro nas gestões 1996-1997 e 1998-1999. De 1990 a 1992, foi conselheiro fiscal do Sindcont-SP (Sindicato dos Contabilistas de São Paulo).

No Ibracon (Instituto dos Auditores Independentes do Brasil) – 5ª Seção Regional, assumiu os cargos de primeiro secretário, em 1978 e 1979, e de vice-presidente, de 1980 a 1982. Presidiu a Apejesp (Associação dos Peritos Judiciais do Estado de São Paulo) durante três mandatos.

Por seu trabalho e dedicação, recebeu justas homenagens. No dia 25 de abril de 2002, durante sessão solene da Assembleia Legislativa do Estado de São Paulo em comemoração ao Dia do Profissional da Contabilidade, foi agraciado com a Medalha Joaquim Monteiro de Carvalho como reconhecimento pela sua militância na área contábil.

O Contador Mário Martins de Almeida faleceu em 15 de novembro de 2011, aos 80 anos.

Contabilista Durval Alves

Durval Alves

Dedicação à profissão e luta pelos ideais de sua família. Esses foram os lemas seguidos pelo Contabilista Durval Alves ao longo de sua vida.

Filho de José Augusto Alves e de Aurora Rodrigues Alves, Durval nasceu em 8 de abril de 1931, na cidade de São Paulo. Desde pequeno, ajudava seu pai nos diversos comércios da família. Mas, foi observando o trabalho desempenhado pelo amigo, sócio e Contador desses negócios, José Gerolomo, que Durval Alves descobriu qual caminho queria seguir. Formou-se como Técnico em Contabilidade no Liceu Siqueira Campos, em 1952. Dois anos depois, em 3 de fevereiro de 1954, registrou-se no CRCSP.

Logo, deu início à sua trajetória nas entidades contábeis, atuando sempre em prol do desenvolvimento e engrandecimento da profissão. No CRCSP, foi conselheiro efetivo de 1964 a 1989, em sete mandatos consecutivos, tendo ocupado o cargo de vice-presidente de Fiscalização do Exercício Profissional na gestão 1970-1971.

Durval foi membro e presidente da Câmara de Fiscalização do Exercício Profissional e integrou também as Comissões Consultiva e Fiscal e de Contas. Foi presidente da Câmara de Registro Profissional e da I e II Câmaras do Tret/CRCSP.

Além do CRCSP, Durval Alves atuou no CFC (Conselho Federal de Contabilidade), no Sescon-SP (Sindicato das Empresas de Serviços Contábeis e das Empresas de Assessoramento, Perícias, Informações e Pesquisas no Estado de São Paulo), na Aescon-SP (Associação das Empresas de Serviços Contábeis do Estado de São Paulo) e no Sindcont-SP (Sindicato dos Contabilistas de São Paulo), onde integrou o Conselho Consultivo.

O trabalho, realizado com afinco, rendeu justas homenagens. Do CRCSP, Durval recebeu o Diploma de Honra ao Mérito e a Medalha Joaquim Monteiro de Carvalho, entregue como reconhecimento pelo trabalho e dedicação “na liderança da classe em associações profissionais, em sindicatos, em entidades contábeis, em atividades nos setores público, político ou privado”.

Foi agraciado com o título de Contabilista Emérito pelo Sindcont-SP, com a medalha Contador Annibal de Freitas pelo Sescon-SP e com as comendas Carlos Gomes e Carlos de Carvalho pela Sociedade Brasileira de Artes, Cultura e Ensino de Campinas.

Durval faleceu no dia 6 de novembro de 2008, deixando um legado de amor à Contabilidade.

Contador José Geraldo de Mattos Barros

José Geraldo de Mattos Barros

Filho de José Antônio de Barros e de Maria Guiomar de Mattos Barros, José Geraldo de Mattos Barros nasceu em 10 de novembro de 1909, em Taubaté, no Vale do Paraíba. Em 1926, concluiu o curso de Contador pela Escola de Comércio Doutor Washington Luiz, na mesma cidade.

José Geraldo presidiu o CRCSP em duas gestões: de 1963 a 1964 e de 1978 a 1979, tendo ocupado o cargo de conselheiro efetivo da entidade por dois mandatos: de 1960 a 1965 e de 1972 a 1979. No Conselho, foi membro das Câmaras de Registro e de Fiscalização e assumiu as vice-presidências de Registro (1961) e de Administração e Finanças (1962, 1974-1975 e 1976-1977).

Na Fecontesp (Federação dos Contabilistas do Estado de São Paulo), assumiu o cargo de presidente nas gestões 1968-1971 e 1971-1974. No período de 1968 a 1974, foi membro do Conselho de Representantes da Confederação Nacional das Profissões Liberais.

Trabalhou também como Contador da Contadoria Geral do Estado, órgão subordinado à Secretaria de Estado dos Negócios da Fazenda, e aposentou-se no cargo de diretor técnico de Divisão da Contadoria Geral do Estado.

A dedicação e a seriedade de José Geraldo no desempenho de suas atividades como Contabilista e representante de classe estavam sempre em evidência. A atenção aos detalhes era refletida em todos os trabalhos que executou. Ao conduzir reuniões, agia com firmeza, mas de modo justo e democrático.

Em 18 de dezembro de 1980, a classe contábil brasileira perdeu um grande Contabilista que, durante toda a sua carreira, trabalhou pelo desenvolvimento da profissão.

Contador Annibal de Freitas

Annibal de Freitas

O Contador Annibal de Freitas nasceu em São Paulo em 15 de janeiro de 1927, filho de Manoel João de Freitas e Alzira de Jesus Freitas.

Durante 59 anos, atuou como empresário contábil e teve uma participação marcante nas entidades da classe contábil. Foi presidente do Sescon-SP (Sindicato das Empresas de Serviços Contábeis e das Empresas de Assessoramento, Perícias, Informações e Pesquisas no Estado de São Paulo) em cinco mandatos: 1958-1960, 1963-1964, 1965-1967, 1969-1972 e 1984-1987. Também presidiu a Aescon-SP (Associação das Empresas de Serviços Contábeis no Estado de São Paulo) por três gestões: 1964-1966, 1969-1972 e 1984-1987.

Annibal de Freitas dedicou sua vida à valorização do empresário da Contabilidade, participando de inúmeras campanhas de fortalecimento das entidades contábeis. Graças ao seu trabalho, o sindicato dos empresários foi reconhecido em 1964 como entidade sindical representativa das empresas de serviços contábeis e, em 1987, firmou-se com o nome Sescon-SP.

Em 1991, na sede do Sescon-SP, nascia a Fenacon (Federação Nacional das Empresas de Serviços Contábeis, de Assessoramento, Perícias, Informações e Pesquisas) e Annibal de Freitas era eleito o seu primeiro presidente.

A Fenacon conseguiu seu registro no Ministério do Trabalho apenas em 1994; três anos mais tarde – em 1997 – obteve a filiação à CNC (Confederação Nacional do Comércio).

Durante os três primeiros anos, funcionou em uma sala da empresa de Annibal de Freitas, em São Paulo.

A admirável doação às causas da profissão e dos Contabilistas enriqueceu a vida de Annibal de Freitas e em sua biografia somam-se as atividades desenvolvidas como presidente da Fecontesp (Federação dos Contabilistas do Estado de São Paulo), de 1977 a 1980; diretor do Sindcont-SP (Sindicato dos Contabilistas de São Paulo) em 1963-1964; conselheiro do CFC (Conselho Federal de Contabilidade), como representante do estado de São Paulo, de 1984 a 1987, e conselheiro do CRCSP (Conselho Regional de Contabilidade do Estado de São Paulo), por duas gestões, em 1962 e em 1962-1964.

Como reconhecimento pelo seu trabalho e dedicação à profissão contábil e aos órgãos de classe, Annibal de Freitas recebeu a Medalha Joaquim Monteiro de Carvalho, em 1996.

Ao falecer, em 8 de abril de 2007, aos 80 anos, Annibal de Freitas seguia firme em sua participação, ocupando o cargo de conselheiro consultivo no Sindcont-SP, no Sescon-SP e na Aescon-SP.

Em sua homenagem, em 16 de agosto de 2007, o Sescon-SP e a Aescon-SP instituíram a Medalha Presidente Annibal de Freitas, que homenageia personalidades que se destacam prestando relevantes serviços à sociedade, ao segmento contábil ou a estas entidades.

Contador Walter Guerino Pizzo

Walter Guerino Pizzo

O Contador Walter Guerino Pizzo nasceu em 28 de julho de 1929, na cidade de Analândia, Estado de São Paulo, filho de Alexandre Pizzo e Angelina Bertoli Pizzo. Seu pai faleceu com 42 anos, quando tinha apenas 11 anos, sua irmã Dalcy, 12, e seu irmão Dorival, 6.

Arrimo de família, Walter iniciou o trabalho bem cedo. Ele contava que, nessa época, pedia ajuda para subir no bonde, devido aos degraus altos demais. Sempre se esforçou para ser o melhor aluno da turma, dedicando-se aos estudos e formando-se Contador, advogado e mestre em Ciências Contábeis pela PUC-SP (Pontifícia Universidade Católica de São Paulo).

Colaborou durante mais de 20 anos com empresas de grande, médio e pequeno portes, nas áreas societária, financeira, contábil e tributária. Teve grande experiência como Consultor de entidades sem fins lucrativos, em razão de sua longa vivência no atendimento a fundações, sindicatos e associações de classe.

Realizou viagens de trabalho aos Estados Unidos, de grande valia para sua experiência profissional. Participou de inúmeros cursos nos campos da Contabilidade, do direito societário e da administração financeira.

Participou de diversos congressos e convenções profissionais, tendo apresentado trabalhos em todos em que esteve presente. Atuou em entidades de classe, exercendo cargos de relevância, como membro do Conselho Fiscal do Sindicato dos Contabilistas de São Paulo, de 1987 a 1995, e vice-presidente de Fiscalização do Conselho Regional de Contabilidade do Estado de São Paulo, na gestão 1976-1977.

Seu constante aperfeiçoamento permitiu que chegasse a docente universitário, função que exerceu, a partir de 1976, nos cursos de graduação e MBA da Faculdade de Economia, Administração, Contabilidade e Atuária, da Pontifícia Universidade Católica de São Paulo, da qual foi chefe do Departamento de Ciências Contábeis e vice-diretor.

Casou-se com Maria Alzira Nogueira Pizzo, em 14 de maio de 1960, e teve três filhos: Walter, Paulo e Sandra.

Avô dedicado, sempre tinha tempo, paciência e disposição para as brincadeiras com sua primeira neta, Cíntia, filha de Sandra, e Carina, filha de Walter, sua segunda neta. Aguardava a vinda do Felipe, filho do Paulo, mas não teve a oportunidade de conhecê-lo, pois, um mês antes de seu nascimento, faleceu em 19 de fevereiro de 2006.

Fundou uma empresa de Auditoria em 1985 e hoje a Pizzo Sabathé Associados, especializada em entidades sem fins lucrativos, tem, entre seus clientes, o Sescon-SP e a Aescon-SP.

Seus passatempos favoritos eram ler, ver seriados de televisão, assistir a filmes e jogos de futebol. Inteligente, interessado, culto, trabalhador, atuante em diversas entidades, sereno (a não ser quando assistia a seu time do coração, o Corinthians).

Em Analândia, sua terra natal, construiu uma casa que proporcionou inúmeros momentos de convivência harmoniosa com a sua família, que se emocionava ao vê-lo fazer suas malas assobiando, pois já sabia que a viagem era para aquela cidade.

Na classe contábil era chamado de Guerino. Gostava que o tratassem por você. Modelo de pessoa, marido, pai e avô, foi também um exemplo profissional. Seu pai queria que ele fosse engenheiro, profissão escolhida por seu filho Walter.

Como Contador e Auditor, inspirou a profissão da sua filha Sandra, que hoje dirige a empresa fundada por ele. Foi advogado, a mesma profissão do seu filho Paulo. Na área de educação, também foi o exemplo seguido por Walter e Sandra.

Contador Armando Aloe

Armando Aloe

Na cidade de Pindamonhangaba, no dia 27 de janeiro de 1911, nascia Armando Aloe, filho de Domingos Aloe e Maria Luísa Aloe, e irmão de Aurora e Francisco de Paula Aloe.

Devotado aos estudos, tão logo obteve seu diploma de Guarda-livros no Instituto Comercial do Rio de Janeiro, sucursal de Taubaté, passou a dedicar sua vida à Contabilidade.

Durante a gestão de 1967 a 1969, o Contador assumiu o cargo de conselheiro suplente do CRCSP. Foi membro também da ACICE (Associação Científica Internacional de Contabilidade e Economia).

Atuou durante muitos anos no Sindcont-SP, como diretor e redator - chefe das publicações Revista Paulista de Contabilidade e Mensário do Contabilista. Extremamente dedicado em tudo o que fazia, Aloe ajudou na recatalogação dos livros da biblioteca do Sindicato, logo após a mudança para a sede na rua Formosa. Ele foi também um dos fundadores do Centro de Estudos e Debates Fisco-contábeis, oficialmente constituído em 1949.

Armando Aloe correspondia-se constantemente com profissionais da Contabilidade de outros países, principalmente da Itália, Espanha e de Portugal. Ele era responsável pela tradução de artigos, que seriam publicados nas revistas do Sindicato, e também colaborou com textos para revistas estrangeiras como a Revista de Contabilidade, do Porto, a Rivista Italiana de Ragionería, de Roma, e o Bolletin Trimestriel de la Societé de Comptabilité de France.

Além de transmitir seus conhecimentos lecionando, Aloe dedicou-se à escrita de livros sobre Contabilidade agrícola, bancária, geral, aplicada, industrial e pública, além de obras sobre prática de escritório e escrituração mercantil, e também de uma Enciclopédia da Contabilidade.

Aloe trabalhou como Contador no Tribunal de Contas do Estado de São Paulo e na Faculdade de Ciências Econômicas da Universidade Mackenzie. Foi professor da Escola Técnica de Comércio São Luís, da Escola Técnica 30 de Outubro e dos cursos do Departamento de Serviço Público. Também trabalhou na S.A. Diário de São Paulo e no Conselho Administrativo do Estado.

Profissional apaixonado pela profissão que escolheu, Armando Aloe permaneceu solteiro durante toda sua vida. Ou, como diziam os amigos, ele casou-se com a Contabilidade. Os agraciados com este Diploma de Mérito devem sentir-se honrados, pois Aloe foi um exemplo de amor e dedicação por tudo aquilo que fazia.

Contador Antonio Venício Fellin

Antonio Venício Fellin

No dia 6 de novembro de 1923, na cidade de São Paulo, nascia Antonio Venício Fellin, deixando felizes os pais Pedro Guido Fellin e Genoveva Izolina Barone Fellin.

Na tradicional Escola Técnica de Comércio D. Pedro II começou verdadeiramente o caminho contábil do nosso homenageado. Nos bancos escolares já se projetava, graduando-se em 1943 e obtendo seu diploma de Contador em 9 de fevereiro do ano seguinte.

Naquela época, a profissão contábil ainda não contava com uma lei que a regulasse, o que apenas veio a acontecer três anos depois, após muito esforço de toda a classe, com a aprovação do Decreto-lei nº 9.295/46, pelo então presidente da República, Eurico Gaspar Dutra.

Passado o período de aplicação da lei e já formados o Conselho Federal e os Conselhos Regionais de Contabilidade, Antonio Venício Fellin solicitou seu registro no Conselho Regional de Contabilidade do Estado de São Paulo, no dia 13 de outubro de 1947, obtendo o nº 275.

Em 1958, foi eleito conselheiro suplente do Conselho Regional de Contabilidade do Estado de São Paulo, mandato que exerceu por dois anos, passando a conselheiro efetivo em 1961. Neste período, desempenhou diversos cargos, chegando a presidente nas gestões de 1965, 1966 e 1980 a 1981, terminando sua jornada em 1997.

Foi eleito vogal, representante da classe contábil na Junta Comercial do Estado de São Paulo – Registro de Comércio, no período de 1967 a 1994. Entre os anos de 1975 e 1977, foi diretor secretário do Sindicato dos Contabilistas de São Paulo.

Além dos trabalhos desenvolvidos nas entidades de classe exerceu a função de Contador na empresa Lindenberg & Assumpção, posteriormente Assumpção Engenharia e Construções S.A.; Contador e gerente financeiro das empresas Caruso & Monteiro Ltda.; R. Della Giacoma & Cia. Ltda. e Construtora De Lucca Ltda. Foi chefe do Departamento de Materiais da Companhia Municipal de Transportes Coletivos de São Paulo e gerente de Compras e Suprimentos da VASP (Viação Aérea São Paulo S.A.), onde se aposentou. Em 1979, fundou o escritório OSFE Auditoria Contábil S/C. Ltda., ativo até hoje.

Ao longo de sua vida, Antonio Venício Fellin dedicou-se com afinco à profissão que escolhera e amava. Não media quaisquer esforços para o desenvolvimento da profissão e do mundo contábil e, por esse motivo, recebeu diversas homenagens que abrilhantaram sua carreira, com destaque para a Medalha Joaquim Monteiro de Carvalho, outorgada pelo CRCSP, e a Medalha Pedro Álvares Cabral, conferida pela Sociedade Geográfica Brasileira, que demonstraram o reconhecimento da sociedade pela sua dedicação ao desenvolvimento do Brasil.

Com 80 anos recém-completados, Fellin, como era mais conhecido o companheiro de muitas das mais importantes personalidades contábeis, deixava a Contabilidade brasileira órfã de um filho tão ilustre, no dia 16 de novembro de 2003. Naquela data, foi-se o homem, contudo, seus ensinamentos se mantiveram firmes e por muito tempo continuarão assim.

O que temos hoje quanto aos bons valores de nossa profissão, devemos ao esforço de homens como Fellin, exemplo como pessoa, profissional, esposo e pai a ser seguido pelos jovens Contabilistas, em especial pelos merecedores deste Diploma de Mérito.

Contador Octávio Almeida

Octávio Almeida

Data de Nascimento: 27 de junho de 1929

Formação Acadêmica
  • Contador Diplomado pela Escola Técnica de Comércio “Álvares Penteado”, em 1950.
  • Bacharel em Ciências Jurídicas e Sociais pela Faculdade de Direito do Sul de Minas, em 1970.
Cargos ocupados no CRCSP
  • Conselheiro Suplente do CRCSP no período de 1967 a 1971.
  • Conselheiro Efetivo do CRCSP no período de 1971 a 1977.
  • Membro da Câmara de Fiscalização, 1971.
  • Vice-Presidente de Fiscalização e Presidente da I Câmara do TRET/SP, de 1974 a 1975.
  • Presidente da Câmara de Registro e Membro da II Câmara do TRET/SP, de 1976 a 1977.
  • Conselheiro Efetivo do CRCSP no período de 1978 a 1980.
  • Vice-Presidente de Administração e Finanças e Vice-Presidente do TRET/SP, em 1979.
  • Presidente do CRCSP e Presidente do TRET/SP, em 1980.
Histórico Profissional
  • Auxiliar de Contabilidade das firmas “Pianos Brasil S.A.”, Cia. de Seguros “Great American Insurance – Company” e na “Torção e Tecelagem de Seda Brasil Ltda.”.
  • Contador da “Indústrias York S.A. – Produtos Cirúrgicos” e do “Hospital Central da Sorocabana”.
  • Ingressou como Contador na “Indústria de Linhas Centauro S.A.”, passando depois para a Gerência Administrativo, permanecendo nessa empresa por 13 anos.
  • Gerente de Contadoria do Grupo Trivellato S.A. – Engenharia, Indústria e Comércio.
  • Gerente de Contadoria da firma Otto Deutz S.A., de 1974 a 1975.
  • Ingressou na firma Paes de Barros Associados – Engenheiros e Consultores de Empresas, exercendo a função de Supervisor de Assistência Jurídica Contábil e Fiscal.
  • Sócio Diretor da Barrostec S.C. Ltda. – Contabilidade, Auditoria e Assessoria.
Luiz Fernando Mussolini
Luiz Fernando Mussolini
2004
Firmino Pacheco Nobre
Firmino Pacheco Nobre
2003
Altair Juliano
Altair Juliano
2002
Américo Oswaldo Campiglia
Américo Oswaldo Campiglia
2001
Frederico José Sacco
Frederico José Sacco
2000
Nelson Rodrigues
Nelson Rodrigues
1999
Sylvio Nunes
Sylvio Nunes
1998
Alécio Zanettin
Alécio Zanettin
1997
José da Costa Boucinhas
José da Costa Boucinhas
1996
Francisco Rodrigues Dias
Francisco Rodrigues Dias
1995
Joaquim Monteiro de Carvalho
Joaquim Monteiro de Carvalho
1994
Antonio Peres Rodrigues Filho
Antonio Peres Rodrigues Filho
1993
Francisco Valle
Francisco Valle
1992
Emílio Bacchi
Emílio Bacchi
1991
Carlos de Carvalho
Carlos de Carvalho
1990
Domingos D'Amore
Domingos D'Amore
1989
Frederico Hermann Junior
Frederico Hermann Junior
1988
Milton Improta
Milton Improta
1987
Horácio Berlinck
Horácio Berlinck
1986
Pedro Pedreschi
Pedro Pedreschi
1985
Francisco D' Auria
Francisco D' Auria
1984