Com um temperamento reflexivo e intimista, típico de sua ascendência oriental, Mitiko Yanagui elaborou pacientemente seu trabalho de pesquisa sobre herboristeria, com um entusiasmo ímpar, com a humildade e paciência de quem tem com a arte uma relação autêntica, uma inata sensibilidade iluminista e plástica, uma instintiva necessidade de criar, realizar uma obra e de comunicar.
A arte baseada sobre a relação entre matéria, luz e espaço, mais conhecida como shadow art encontrou na artista uma rara representante no Brasil, ao criar através dessa curiosa arte das sombras, projeções bi e tridimensionais. Ela canta aspectos sugestivos da natureza das plantas, mediante uma técnica que tem o mágico poder de criar perspectivas, transparências e clareza fora do comum juntamente com um profundo equilíbrio de cores.
Existe nesta artista uma contínua renovação pelo interesse da pesquisa e a coragem de enfrentar os difíceis problemas do homem, da natureza e da vida, a fim de retirar do mistério das coisas a sua parte de verdade e realizar aquela difícil conquista do real e do eterno, onde a arte encontra sua glorificação.
Com a ruptura de Mitiko Yanagui com o seu passado artístico na shadow art, surgiu uma nova artista no estilo e na técnica que soube aproximar com sensibilidade e bom gosto as cores mais disparatadas, onde revela uma pintura a jato e a cor resultante é de vida. Os elementos plásticos da realidade são transformados pela artista em movimentos relacionados à construção dos diversos tons cromáticos.
Para uma compreensão mais profunda da artista, devemos acrescentar que o seu pintar impulsivo é, sem dúvida, determinado pela vida convulsa e frenética do ser humano, ritmo este que se transforma em um fato essencial à sua realização. A troca de emoções que a vida, sempre mutante, suscita em seu espírito, resulta em novas formas que surgem em cada criação, cujo cromatismo confere à obra um dinamismo vital, quase uma força cósmica da própria existência.
Emanuel von Lauenstein Massarani
Crítico de arte e representante do IPH
Mitiko Yanagui nasceu em Martinópolis, no interior de São Paulo, em 1942. Mudou-se para a capital paulista e, paralelamente, a outras atividades criativas, ali instalou seu ateliê.
Inicialmente de formação autodidata, inspirou-se na obra do artista Anthony Pieck e frequentou a seguir um curso de shadow art.
Realizou inúmeras viagens ao exterior - Alemanha, França, Itália, Espanha, Portugal, Japão, Cingapura, Malásia, México, Argentina, Uruguai, Paraguai, Chile, Estados Unidos e Canadá -, onde completou seus conhecimentos artísticos.
Sua primeira exposição individual foi realizada em 2005, no Espaço Cultural da Associação Paulista de Medicina, em São Paulo, onde teve o reconhecimento de público e de crítica.
Possui obras em diversas coleções particulares no Brasil e no Japão, bem como em acervos oficiais como o da Associação Paulista de Medicina, do Museu de Arte do Parlamento de São Paulo, do Museu de Arte do Parlamento de Itapevi Emanuel von Lauenstein Massarani, além do Museu de Arte dos Contabilistas de São Paulo.
O grupo faz parte da Associação Kumamoto Kenjin do Brasil, que promove o desenvolvimento da cultura da província de Kumamoto, no Japão.
A dança foi trazida ao Brasil pelos imigrantes e a associação tem o objetivo de integrar a sociedade por meio suas tradições, unindo valores, cultura e lazer.
Fundada em 1958, possui sede na Vila Mariana. O grupo de Dança Rítmica da Melhor Idade surgiu em 2011 e faz apresentações de rizumu (dança rítmica originária de Osaka, no Japão).
A professora Itsuko Ichida sempre vai ao Japão para acompanhar as novidades desse estilo de dança, trazendo novas coreografias, sendo a única profissional credenciada nessa modalidade fora do Japão.