Os movimentos artísticos que constituem a história da Arte moderna são na sua maioria ligados a gestos e atitudes, cujo caráter polêmico pode estar hoje superado.
As obras que Cláudia Colagrande está realizando nestes últimos tempos ganham um valor exemplar pois destacam a originalidade e a singularidade do seu caminho artístico.
A artista realiza o que dá dimensão e vida a tudo o que nos cerca. Seus traços constituem a primeira manifestação do pensamento e da comunicação. É no fundo, se assim podemos dizer, o fenômeno da encarnação da alma e a sensibilidade profunda dentro de nós.
Com efeito, se desejarmos compreender a posição da artista e de sua singularidade, nós devemos igualmente destacar a qualidade e a diversidade de suas criações. Sem dúvida, conforme destacamos em exposição anterior, Cláudia Colagrande sabe penetrar tanto no belo, quanto no secreto dos sentidos.
Emanuel von Lauenstein Massarani
Crítico de arte e representante do IPH
É artista, formada em Artes Plásticas pela Faculdade de Belas Artes de São Paulo e pós-graduada em História da Arte e Arte Contemporânea.
Presente em mais de 50 exposições individuais e coletivas no Brasil e América Latina nos últimos anos recebeu o Master Brasileiro no III e IV Concursos de Obras Premiadas (1989/1991) e a Medalha de Prata do I Concurso Latino de Novos Talentos, em 1991.
A partir de então passa a ser convidada especial para inúmeros salões de estilo em Arte Contemporânea, como o realizado no Museu de Arte de São Paulo Assis Chateaubriand (Masp), em São Paulo, e em Passo de Los Libres, na Argentina.
A série de 2011 a 2018, "Impressões de Memórias", foi desenvolvida com colagens, pintura acrílica e spray, com várias camadas de impressões em stêncil e fragmentos de papéis rasgados e colados. Depois desta série, fez uma cirurgia de glioma (câncer no cérebro) e surgiu a série "Mulher Keala", em aquarela. Mais de 500 mulheres foram feitas.
Realizou diversas exposições no Brasil e, internacionalmente, na França, Portugal, Espanha, Itália, Japão e Estados Unidos da América. Em seu trabalho destaca-se a mentoria em Artes Visuais, onde criou e aplicou oficinas de criatividade para cegos.
Participou de produção cultural em audiovisual, colaborou na publicação de livros, design de capas de CDs e é parecerista dos artigos de Arteterapia da revista da Associação de Arteterapia do Estado de São Paulo (Aatesp).