As tentações de Ever Sanlaurenzo pelo figurativo não o sugestionaram o suficiente para que abandone suas obras abstratas, sempre repletas de uma forte vitalidade. Com uma técnica vigorosa feita de cores espalhadas, algumas até mesmo bem fortes, o artista consegue alcançar um equilibrado cromatismo com tonalidades, às vezes rarefeitas e, outras vezes, fortemente expressivas.
Deve-se ressaltar que suas criações emanam um significativo sopro de vitalidade, tanto de suas formas quanto da matéria que aplica. Formando renovados elementos visuais suas abstrações contrastam entre si, criando imagens verdadeiramente surpreendentes.
O diálogo entre elas nos transmite uma espécie de indagação sobre a natureza de sua abstração.
Naturalmente, o artista consegue criar, graças às suas intuições, um universo artístico definido e significativo, onde cada traço revela um ritmo orgânico intenso. Os graus de fantasia da sua imaginação merecem ser destacados por constituírem uma significativa conquista no momento artístico atual.
Embora as mais diversas tendências da escultura atual, como minimalismo, abstração e surrealismo tenham ganhado destaque nos últimos anos, as obras tradicionais continuam a interessar os amantes da Arte.
Se o minimalismo se caracteriza por formas simples, sem detalhes ou ornamentos, a abstração está bem presente na escultura de nossos dias em que seus autores exploram formas e linhas abstratas até mesmo sem uma clara representação.
No caso da tendência surrealista, os artistas elaboram esculturas que desafiam a realidade e valorizam tanto sonhos quanto imaginação. Dentro desta criatividade, os escultores atuais buscam expressões únicas e bem pessoais.
Contudo o processo criativo dos artistas atuais é um trabalho de pesquisa e de projeção da arte do futuro como podemos verificar através das obras presentes de Cláudio Silberberg, Jorge Bussab, Lúcio Bittencourt, Yago Tauá e Rodrigo Bittencourt, na atual exposição.
Emanuel von Lauenstein Massarani
Crítico de arte e representante do IPH
Ever Sanlaurenzo - Encher o mundo de cores, alegrias e emoções
Ever Sanlaurenzo é o nome artístico de Ever Timóteo Ortiz Vera, nascido no Paraguai, em 1977, e que se transferiu para o Brasil há mais de 20 anos. Ele passou a residir em Jaguariúna, no interior do Estado de São Paulo, onde realiza cursos e palestras. Ele também executa obras sacras e faz restaurações em pintura, colocando em prática o chamado realismo espontâneo.
Conforme o próprio artista costuma afirmar: "A arte é um meio pelo qual Deus se utiliza para tornar compreensível o seu amor pela humanidade. Minha vida é arte, feita de cores, alegria convertida em cores, pensamentos, sentimentos, também transformados em cores. E, para concluir, meu lema é: "Encher o mundo de cores, alegrias e emoções".
Lúcio Bittencourt - Surpresa, ansiedade e vitalidade
Lúcio Bittencourt confere à sua obra equilíbrio e harmonia, seja nas esculturas menores, seja nas de grande porte, mas dando-lhes, em ambas, uma expressão simbólica. Se de um lado transforma em arte o que o mundo de hoje produz de poluição e de resíduos sólidos, de outro é um grito de alerta para o nosso amanhã.
O mundo criativo deste escultor retorna de maneira diversa a utilização do volume e da massa, incluindo figuração e ornamento, jogo e sonho, agressão e defesa. Mas o elemento novo em suas esculturas não está na dinâmica ou na modificação das formas, mas na emoção.
Rodrigo Bittencourt - O realismo de uma nova natureza
A exemplo do pai Lúcio Bittencourt, o escultor Rodrigo Bittencourt possui desde muito jovem uma rica trajetória no universo das Artes Plásticas, com obras em diversos lugares do Brasil e do mundo. São obras abstratas que falam de nosso cotidiano.
Para o artista é gratificante usar sua arte para mostrar virtudes que envolvem a gente de uma cidade; são momentos históricos que precisam ficar registrados. Cada obra nasce sobre a base de um pseudo realismo e de uma nova natureza obtida através de acentos das formas enclausuradas em espaços por ele criados.
Cláudio Silberberg - Um novo caminho para a Recuperation Art
Ao observar essas obras, o espectador experimenta certo choque, espanto e um alegre divertimento. Acreditamos que o escultor possa confirmar que suas criações não devem ser compreendidas como modelos dos albores da tecnologia, mas como verdadeiras obras de arte. Com efeito, através de suas criações assistimos a uma invenção livre, conduzida sobre as formas de materiais em desuso.
O seu sintetismo refere-se principalmente ao campo prospectivo, ao movimento, aos valores volumétricos, ao sentido plástico, aos valores táticos, o todo na busca de um ideal e amplo respiro que contemple seja a forma, seja o seu conteúdo, hábil e nostálgica. Sempre disfuncional, consiste a peculiaridade da fantasia deste escultor, que segue o caminho da Recuperation Art.
Yago Tauá - Energia através do cubo-futurismo
Em razão de sua gênese espiritual, a atual obra de Yago Tauá pertence ao mundo da ordem e do equilíbrio. Sob seu aspecto límpido a obra leva a marca de nosso tempo e da vida de nossos dias. As partes côncavas que o artista abre na massa escultórica, exercem um fascínio imediato.
A partir das bases, os planos de suas esculturas se projetam harmonizados em direção diferente, com um sentido equilibrado da proporção. Cada curva, cada sinuosidade se resolve no movimento seguinte.
Jorge Bussab - Elementos estruturais e expressivos
As esculturas de Jorge Bussab constituem a expressão típica do século XX. Elas evocam sentimentos primitivos que não sentimos mais do mesmo modo que os homens da pré-história. Desta maneira representações esquemáticas nascem e possuem um efeito abstrato que, ao mesmo tempo, são formas.
Com efeito não é o movimento que conta para este artista, mas a imobilidade, não como um repouso, mas como a tensão de uma vigilância em alerta. A forma de suas esculturas possui uma força de expressão que é determinada pelos elementos estruturais.
Analice Pereira Maller é contadora, pós-graduada em Contabilidade e Finanças e em Perícia Grafotécnica. Atualmente, está fazendo mais uma pós-graduação em Perícia Contábil, Mediação e Arbitragem.
Seu contato com a música surgiu em casa, com influência do avô, que tocava cavaquinho. Seu pai, hoje com 83 anos, ainda estuda e toca acordeon.
Analice cursou violão e canto com vários professores pela Câmara de Cultura de São Bernardo do Campo. Sua música é influenciada pelo trabalho de vários artistas como Maísa, Elvis Presley, Michael Jackson e Kyu Sakamoto.
A apresentação acontece por meio da campanha "Mostre seu Talento", do CRCSP.