O que você precisa, pode ou deve melhorar?
Não se trata de ser perfeccionista, mas sim de trabalhar com um propósito de evolução

Já ouviu ou proferiu algo parecido com a seguinte frase: “com esse resultado que conquistei eu poderia encerrar a semana hoje”? Pois é, eu já caí na armadilha desse excesso de comemoração e, no dia seguinte, alguns desafios me obrigaram a reconhecer que, apesar de eu realmente ter alcançado um grande feito, a semana estava apenas começando e, além disso, alguns meses me separavam do relatório de fechamento anual da companhia.

Acredito, valorizo e incentivo muito as comemorações dentro de uma empresa. É comprovado que elas motivam e engajam o time, e por isso devem fazer parte das boas práticas de gestão. O meu alerta é apenas para que você nunca pense que o jogo está ganho. Isso, definitivamente, não existe. Salvo os casos em que o produto ou serviço que você oferece é realmente muito exclusivo e de primeira necessidade para a maior parte das pessoas do planeta.

Por uma questão de padrão de qualidade próprio, busque sempre identificar em quais pontos pode evoluir como profissional, pessoa ou colega de trabalho. Será que o seu departamento ou as atividades que executa poderiam agregar mais valor para os negócios da companhia? Sempre existe algo que precisa, pode ou deve ser melhorado. Se você não encontrar, é possível que esteja procurando no local errado ou da forma indevida.

Não se trata de ser perfeccionista, mas sim de trabalhar com um propósito de evolução. Minha experiência no contato com candidatos de diferentes níveis hierárquicos me faz concluir que aqueles que não desistem e que sempre buscam mais têm grandes chances de desenvolver uma carreira diferenciada e de sucesso.

Para mim, a lição do ego inflado deu origem a uma prática que mantenho até hoje.  Programei meu computador para que, no primeiro dia de cada mês, ele me envie um lembrete com a seguinte mensagem “cuidado quando você acha que tudo está indo bem”. Aqui, a tática tem sido útil e espero que a dica possa te ajudar também.

Fonte: Exame - Fernando Mantovani.