Podcast do CRCSP
Como déficit em educação financeira potencializou mazelas da pandemia

No Brasil, a educação financeira ainda está longe de alcançar um patamar considerado satisfatório, especialmente quando comparada com a situação em países mais desenvolvidos. Assim, adultos sem educação financeira têm grandes chances de se endividar das mais diversas maneiras: cheque especial, cartão de crédito, boletos bancários, entre outros, principalmente durante um período de recessão econômica.

O panorama da educação financeira no Brasil é o tema da edição de outubro do podcast “Contabilidade: essencial hoje, amanhã e sempre”, do CRCSP, que vai ao ar mensalmente trazendo os desafios, oportunidades e os grandes experts da área de Contabilidade. O entrevistado desta edição é o contador e professor Bruno Meirelles Salotti, doutor em Contabilidade pela USP e autor do canal Contabilidade Financeira no YouTube. Ele fala sobre as causas e efeitos da falta de educação financeira na vida dos brasileiros, principalmente dentro do contexto da pandemia.

"O investimento em educação é fundamental. Quanto mais conhecimento a pessoa adquire, seja por meio de cursos de curta ou longa duração, ou até mesmo por meio de materiais gratuitos, mais ela tende a melhorar de vida, passando a ter condições de tomar melhores decisões no futuro. Contudo, é importante não apenas conhecer os conceitos da área financeira, mas torná-los práticos, tirá-los do papel e aplicá-los na sua vida", diz Bruno Salotti.

Segundo o Índice de Saúde Financeira do Brasileiro (I-SFB) criado pela Federação Brasileira de Bancos (Febraban), em conjunto com o Banco Central, quase a metade da população do país corre o risco de atingir uma situação financeira crítica: endividamento crônico ou falta de controle financeiro. E outros 10,1% encontram-se com o equilíbrio financeiro no limite, com pouco espaço para erro.