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10 de março de 2022 - Ano 13 - Nº 667
Destaque
 

Campanhas Março Amarelo e Março Lilás
Têm apoio do CRCSP, por meio da Comissão CRCSP Mulher

As campanhas de saúde têm colorido os meses do ano com o intuito de conscientizar e salvar vidas. Em março, as cores lilás e amarela procuram chamar a atenção para a importância de cuidar de duas doenças femininas que muitas vezes são assintomáticas em seus estágios iniciais: o câncer do colo do útero e a endometriose.

Endometriose

Endometriose é uma doença inflamatória provocada por células do endométrio (tecido que reveste o útero) que, em vez de serem expelidas durante a menstruação, se movimentam no sentido oposto e caem nos ovários ou na cavidade abdominal, onde voltam a multiplicar-se e a sangrar.

Sintomas
– dor em forma de cólica durante o período menstrual que pode incapacitar as mulheres de exercerem suas atividades habituais;
– dor durante as relações sexuais;
– dor e sangramento intestinais e urinários durante a menstruação;
– dificuldade de engravidar. A infertilidade está presente em cerca de 40% das mulheres com endometriose.

Diagnóstico
O exame ginecológico clínico é o primeiro passo para o diagnóstico, que pode ser confirmado pelos seguintes exames laboratoriais e de imagem: visualização das lesões por laparoscopia, ultrassom, ressonância magnética e um exame de sangue chamado marcador tumoral CA-125, que se altera nos casos mais avançados da doença. O diagnóstico de certeza, porém, depende da realização de biópsia.

Tratamento
A endometriose é uma doença crônica que regride espontaneamente com a menopausa, em razão da queda na produção dos hormônios femininos e fim das menstruações. Mulheres mais jovens podem utilizar medicamentos que suspendem a menstruação; lesões maiores de endometriose, em geral, devem ser retiradas cirurgicamente. Quando a mulher já teve os filhos que desejava, a remoção dos ovários e do útero pode ser uma alternativa de tratamento.

Câncer de colo do útero

O câncer do colo do útero, também chamado de câncer cervical, é causado pela infecção persistente por alguns tipos do Papilomavírus Humano - HPV (chamados de tipos oncogênicos).

A infecção genital por esse vírus é muito frequente e na maioria das vezes não causa doença. Em alguns casos, ocorrem alterações celulares que podem evoluir para o câncer. Essas alterações são descobertas facilmente no exame preventivo (conhecido também como Papanicolau), e são curáveis na quase totalidade dos casos. Por isso, é importante a realização periódica do exame preventivo.

Sintomas

O câncer do colo do útero é uma doença de desenvolvimento lento, que pode não apresentar sintomas em fase inicial. Nos casos mais avançados, pode evoluir para sangramento vaginal intermitente (que vai e volta) ou após a relação sexual, secreção vaginal anormal e dor abdominal associada a queixas urinárias ou intestinais.

Diagnóstico

Para diagnosticar a doença são necessários os testes:

  1. exame pélvico e história clínica: exame da vagina, colo do útero, útero, ovário e reto através de avaliação com espéculo, toque vaginal e toque retal;
  2. exame preventivo (Papanicolau);
  3. colposcopia – exame que permite visualizar a vagina e o colo de útero com um aparelho chamado colposcópio, capaz de detectar lesões anormais nessas regiões;
  4. biópsia – se células anormais são detectadas no exame preventivo (Papanicolau), é necessário realizar uma biópsia, com a retirada de pequena amostra de tecido para análise no microscópio.

Tratamento

O tratamento para cada caso deve ser avaliado e orientado por um médico. Entre os tratamentos para o câncer do colo do útero estão a cirurgia, a quimioterapia e a radioterapia. O tipo de tratamento dependerá do estadiamento (estágio de evolução) da doença, tamanho do tumor e fatores pessoais, como idade da paciente e desejo de ter filhos.

Se confirmada a presença de lesão precursora, ela poderá ser tratada em nível ambulatorial, por meio de uma eletrocirurgia.

Excetuando-se o câncer de pele não melanoma, o câncer de colo de útero é o terceiro tumor maligno mais frequente na população feminina (atrás do câncer de mama e do colorretal) e a quarta causa de morte de mulheres por câncer no Brasil.

Atualmente, uma medida de prevenção ainda mais eficiente está disponível para a nova geração, é a vacinação dos adolescentes. As meninas devem receber a vacina anti-HPV aos 9 anos e os meninos, aos 11.

A Comissão CRCSP Mulher chama a atenção para a importância destas campanhas e espera que sejam sempre propagadas, gerando a conscientização e prevenção de doenças que acometem a saúde feminina.

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