Tem início neste mês a campanha Fevereiro Laranja, que tem como objetivos a divulgação de informações sobre a leucemia e a conscientização sobre a importância do diagnóstico precoce e doação de medula óssea para salvar milhares de vidas.
O CRCSP é uma das entidades apoiadoras da campanha, que visa mobilizar a sociedade no combate desta doença que, segundo dados do Instituto Nacional do Câncer (Inca), afeta em torno de 11 mil pessoas todos os anos. No Estado de São Paulo, a campanha foi incluída no calendário oficial pela Lei estadual n.º 17.207, de 12 de novembro de 2019, que prevê a realização de ações educativas e de incentivo ao diagnóstico precoce da leucemia e à doação de medula óssea.
A leucemia é uma doença oncológica que afeta os leucócitos, conhecidos popularmente como os glóbulos brancos, responsáveis pela proteção do organismo contra patógenos causadores de doenças diversas.
Os leucócitos são originados nas células-tronco da medula óssea que, no caso de pacientes com leucemia, passam a ter um desenvolvimento desordenado, suprimindo assim a criação de glóbulos brancos saudáveis no corpo e reduzindo a imunidade do paciente.
Há 12 tipos diferentes de leucemia, sendo os quatro principais as Leucemias Mieloide Aguda (LMA) e Mieloide Crônica (LMC), a Leucemia Linfoide Aguda (LLA) e a Linfoide Crônica (LLC).
Entre os principais sintomas da leucemia, estão:
- anemia;
- dificuldade para respirar;
- dor nos ossos e tecidos conjuntivos;
- febre sem motivo aparente;
- fraqueza e fadiga persistente;
- hematomas e sangramentos sem causas aparentes;
- inchaço dos gânglios linfáticos;
- infecções recorrentes;
- perda de apetite;
- perda de peso súbita;
- pontos vermelhos na pele;
- suores noturnos.
Caso a doença atinja o Sistema Nervoso Central (SNC), o paciente pode apresentar também dores de cabeça, náuseas, vômitos, visão dupla e desorientação.
Apesar de seus riscos para a saúde, o desenvolvimento da leucemia é geralmente silencioso, sem sintomas perceptíveis nos estágios iniciais. A realização de exames periódicos é a única forma de diagnosticar a leucemia ainda nos estágios iniciais, o que aumenta consideravelmente o sucesso do tratamento. O diagnóstico da leucemia se dá através de exames de sangue e de mielograma, no qual é feita biópsia da medula.
Caso confirmada a doença, o médico irá indicar o tratamento mais adequado, podendo ser feito com uso de quimioterapia, radioterapia, imunoterapia ou através do transplante de células-tronco da medula óssea de pessoas saudáveis, razão pela qual a doação de medula é necessária para salvar as vidas de milhares de pacientes acometidos pela doença. |