Pesquisa da PwC com foco em carreira da mulher aponta as principais dificuldades que elas enfrentam no mercado de trabalho e indica o caminho que os líderes devem seguir para avançar na questão da igualdade de gênero no ambiente corporativo. O estudo foi realizado com 3.627 profissionais mulheres de 61 países e 27 setores. A Flow fez um resumo dos principais pontos.
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Transparência e confiança
Segundo a pesquisa, as mulheres não confiam no que seus chefes dizem sobre promoções e salários ou sobre o que pode ajudar ou prejudicar suas carreiras. Por exemplo, 42% das entrevistadas temem o impacto que um filho pode trazer para suas carreiras. E mais: 48% das mães recentes disseram que foram negligenciadas em promoções porque tiveram filhos. Essas profissionais precisam de mais transparência para que possam entender em que estágio estão em suas carreiras e como podem trilhar seu próprio caminho para o sucesso, confiando no feedback que recebem.
Suporte estratégico na carreira da mulher
Elas precisam de redes proativas de líderes e colegas para desenvolvê-las, promovê-las e defendê-las em casa e no local de trabalho. Não é necessário que os homens recuem – elas precisam de apoiadores e de modelos de ambos os sexos, pois, sem o apoio da ala masculina, não há progresso. Apesar de básico, é fundamental ressaltar a importância disso. No Facebook, por exemplo, foi identificado que o movimento #MeToo (uma onda de denúncias femininas de assédio em 2017) estava fazendo com que os homens evitassem se aproximar das mulheres no local de trabalho. Para reverter o quadro, a empresa lançou o #MentorHer, programa para incentivar homens a apoiar suas colegas mulheres.
Vida pessoal, cuidado com a família e o trabalho
Os empregadores devem repensar sua abordagem para que os funcionários possam equilibrar o trabalho, a vida pessoal e os cuidados familiares. É preciso oferecer soluções corporativas que funcionem. Já existe um movimento global para redesenhar os modelos de licenças-maternidade e paternidade e o retorno ao trabalho, mas isso precisa ser expandido e as melhores práticas, compartilhadas. Oferecer esquemas flexíveis de trabalho, como home office ou jornada reduzida, não é suficiente: as pessoas não utilizam o benefício por acreditar que isso vai prejudicar suas carreiras, independentemente do sexo ou do estágio de vida.
Para 38% das entrevistadas, usufruir dos programas de jornada flexível tem consequências negativas para a carreira da mulher.
Segundo 42% das entrevistadas, as mulheres que aderem a esses programas são vistas como menos comprometidas pela empresa.
Carreira da mulher: elas acreditam no próprio potencial
As entrevistadas têm entre 28 e 40 anos, portanto, estão no ponto da vida profissional em que a lacuna entre o progresso masculino e o feminino aumenta drasticamente, assim como o desafio de conciliar a vida profissional com a pessoal.
Apesar do ambiente muitas vezes hostil, essas mulheres acreditam em seu potencial:
- 75% consideram importante chegar ao topo da carreira;
- 73% procuram ativamente oportunidades de avanço na carreira;
- 77% confiam em sua capacidade de liderar;
- 82% confiam em sua capacidade de cumprir suas aspirações promocionais.
Movimentos de transformação já acontecem na carreira da mulher
- 51% das mulheres dizem sentir que seus empregadores estão fazendo o que é necessário para melhorar a diversidade de gênero na empresa.
- 59% delas afirmam que seus superiores oferecem experiências de trabalho que dão oportunidades de desenvolvimento
- 61% dizem que seus chefes reconhecem seu trabalho e oferecem possibilidades de promoção.
- 60% das mulheres consideram que sua chefia entende e apoia suas aspirações de carreira.
É hora de aproveitar o timing da discussão e engajar toda a equipe para o desenvolvimento de lideranças femininas e da carreira da mulher. Dessa forma, é criado um ambiente de trabalho mais justo e igualitário para todos.
Fonte: Flow – Executive Finders. |