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5 de dezembro de 2024 - Ano 15 - Nº 807 |
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Festa de fim de ano na firma |
Dezembro é, geralmente, o mês em que ocorrem mais festividades, para celebrar o Natal e o ano novo. Consequentemente, é o momento no qual a maioria das empresas e instituições realizam as "festas da firma", convidando dirigentes e funcionários para celebrar. Esses eventos podem ser de várias naturezas, desde lanches da tarde até grandes festas, com música e DJs. Independentemente do tamanho da ocasião, existem certos padrões de comportamento para que a confraternização seja bem-sucedida. Essas orientações são relacionadas ao consumo de bebida alcoólica, aos modos de socialização e ao código de vestimenta, além de outros fatores que podem ser decisivos para se destacar profissionalmente. Especialistas de gestão de pessoas e funcionários comentam a importância das festas de fim de ano e qual a postura mais recomendada. Socialização Para Jhonny Martins, vice-presidente do Serac, hub de soluções corporativas nas áreas contábil, jurídica, educacional e de tecnologia, as festas de fim de ano representam uma forma de a empresa agradecer e reconhecer as pessoas, mostrando que elas fazem parte de algo maior. "Quando todos saem do ambiente formal e se divertem juntos, o vínculo entre as equipes fica mais forte. No fim das contas, é isso que sustenta um ambiente de trabalho saudável e motivador", diz o especialista. Celso Bazolla, consultor e especialista em recursos humanos e gestão de pessoas, acrescenta que as festas não funcionam apenas como espaço de socialização, mas um meio para valorizar as conquistas do time e promover a igualdade. "Essas festas também demonstram uma oportunidade de estreitar parcerias, comemorar conquistas e resultados, além de ser a chance de encontrar colegas de trabalho e de ter igualdade entre todos os trabalhadores presentes." "Na festa, todos estão mais descontraídos, o que abre espaço para conversas mais espontâneas, naturais. E isso fortalece a empatia. Um simples bate-papo pode acabar gerando uma nova parceria, amizade ou, no mínimo, um respeito mais profundo pelo trabalho do outro", acrescenta Jhonny, indicando, ainda, a possibilidade de networking com diferentes áreas e hierarquias. Respeito Ao mesmo tempo, o aspecto basilar para o funcionamento das confraternizações, segundo Jhonny Martins, é o respeito. "O ideal é saber aproveitar o momento com leveza e responsabilidade, além de participar, interagir com os colegas, mas sem exagerar, mantendo aquele limite saudável", diz. Celso Bazolla recomenda, especialmente, a discrição e evitar tratar sobre assuntos de trabalho, uma vez que é um ambiente de descontração. "É importante que todas as questões trabalhistas estejam fora daquele ambiente, porque é uma chance de conhecer mais o jeito das pessoas e firmar laços. Por outro lado, o abuso de uma aproximação de liderança e flertes com colegas de trabalho ferem qualquer princípio do respeito", alerta. Médico e consultor da Moema Medicina do Trabalho, Vicente Beraldi Freitas destaca a importância de ter sempre em mente que haverá um "amanhã" após a festa, mas, caso algum erro aconteça, é necessário manter a calma e ter clareza para tentar reverter uma possível impressão negativa (confira, no quadro, 10 dicas de Vicente Beraldi para preservar a imagem). "É fundamental ter cuidado com o que se fala. Comentários inadequados ou mal colocados podem gerar mal-entendidos ou até mesmo prejudicar a imagem de colegas ou da própria empresa. Evite discutir assuntos estratégicos ou sensíveis que possam ser usados contra você ou outro colaborador. Lembre-se de que palavras mal colocadas podem ser facilmente distorcidas, causando problemas no ambiente profissional, até mesmo após o término da festa", pontua. Saúde mental A pressão por completar metas de trabalho até o fim do ano e a passagem do tempo são fatores que podem deixar as pessoas mais cansadas. Nesse contexto, Vicente Beraldi acredita que conhecer e interagir com os colegas da empresa podem ajudar na saúde mental, contribuindo para aproveitar as festas de forma leve. "Existem festas em que as pessoas estão com a energia acumulada, com sensação de dever cumprido, mas de cansaço também. Então, a forma com que elas se relacionam entre si pode ser determinante para conhecer e até mudar a impressão sobre as outras", diz. "É um aspecto positivo, porque conversarmos de maneira menos formal, sem ser no trabalho, e saber um pouco da vida das pessoas. Nós nos inteiramos melhor sobre elas e trocamos ideias também", completa Beraldi. Apesar de ser um ambiente mais informal e de socialização, o médico recomenda não exagerar tanto na comida quanto na bebida. "Esses eventos, muitas vezes, são confundidos com festas comuns, mas envolvem um contexto profissional. O álcool, por exemplo, pode facilmente levar a excessos e a atitudes impensadas que podem ter um impacto negativo na carreira. O que mais demanda é a saúde mental, porque é preciso que a pessoa tenha limites bem estabelecidos. É importante tomar cuidado com as atitudes, porque as pessoas vão comentar sobre isso, então as regras sociais de educação e bom senso são essenciais", explica. Fonte: Correio Braziliense - Lara Costa, estagiária sob supervisão de Marina Rodrigues. |
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